Conforme o DER-PR, a administração do ferry-boat de Guaratuba, no Litoral, tem uma nova empresa responsável pelo serviço a partir da 0h01 desta quinta-feira (10). A travessia passa a ser operada, agora, pela INC Internacional Marítima.
A medida é um contrato emergencial realizado pelo Governo do Paraná e foi anunciada nesta quarta-feira (09).
Nova gestão
A empresa INC Internacional Marítima faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, na Bahia. Segundo o DER, a companhia atua há mais de 30 anos de mercado.
O contrato será emergencial, com prazo máximo de duração de seis meses, até a abertura de uma nova licitação. Haverá uma fase de transição.
As empresas interessadas na gestão da travessia puderam apresentar propostas até terça-feira (08), inclusive com vistorias nas instalações do ferry-boat. Venceu a proposta com a melhor tarifa e condições para executar a operação, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR).
A nova empresa já está no Litoral do Paraná para fazer a transição da operação.
ENCERRAMENTO – O encerramento do contrato anterior foi motivado pelo não cumprimento das cláusulas previstas no contrato para o atendimento da população. Até então, o Governo do Estado já aplicou 141 autos de infração na empresa, processos que continuarão em andamento. A troca emergencial, mesmo durante a temporada de verão, teve o aval da Controladoria-Geral do Estado (CGE).
A travessia de ferry boat é historicamente operada por uma empresa privada, sendo todos os serviços prestados fiscalizados pelo DER/PR, desde a compra do bilhete até o desembarque, seguindo critérios estabelecidos em contrato. As embarcações e a operação são inspecionadas diariamente pelo Governo do Estado e periodicamente também pela Marinha do Brasil.
O contrato com a antiga empresa foi assinado em abril de 2021 e tinha previsão de operação de dez anos. A condição da travessia dos veículos vinha sendo alvo de questionamentos e ajustes por parte do Estado desde o início do contrato. Neste ano, no entanto, a operação começou a apresentar problemas mais graves, como o afundamento de um atracadouro, o que motivou inclusive uma ação judicial por parte do Estado.
PONTE – A solução definitiva para o transporte no local será a Ponte de Guaratuba. O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), condicionante para obra dessa envergadura, já está em andamento. Ele vai validar ou propor alterações para os três traçados mais viáveis apontados em um estudo de viabilidade, já concluído, buscando a melhor solução para a obra dos pontos de vista ambiental e técnico.
Com o estudo finalizado ainda neste ano, a ideia é contratar a execução por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), mecanismo que permite, entre outras iniciativas, que a empresa vencedora da licitação possa elaborar os projetos básico e executivo, destravando a administração direta
Redação Litorânea Fm